segunda-feira, 30 de maio de 2011

SEREIAS!


Tinha o cérebro dos Leões
A coragem dos espantalhos
e um coração de lata...
Por vezes virava lua!

Naquele coração de lata viviam doze sereias apertadinhas!

Brilhante! ( Para Andrea Pontual)


Repetia passos, mas sempre criava novos caminhos
Vivia de terra e poeira
Regurgitava homens de barro e casas de passarinhos
Era feita de fogo e madeira
E tinha um brilhante bem no meio do nariz!

Brilho ( de Andrea Pontual)


Esta tinha um brilhante
bem no meio do nariz
frente e versos tão bonitos
embalava tudo em bis

Canja!


Eu era uma pessoa tímida,
vivia a tirar as máscaras alheias.
De todas fiz uma, a nossa!
Não era carnaval...

Franja ( de Andrea Pontual)


Franja

Eu era uma pessoa tímida.
Só ficava tranquila no carnaval de Olinda.
Demorei a entender e a me soltar:
o povo anda mais mascarado fora de lá.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aluarada



Tô me enchendo...
e brilhando...
sou lua, te banho no quintal. Nua?!

Minguado em mágoa às vezes.

Cresço mas não me esqueço de ninguém!

Me renovo em desejos "candescentes", por vezes indecentes!

Candeio, alumio, sumo...ofusco!

sábado, 7 de maio de 2011

Inventa

Inventa um dia da semana, aumenta, estica, segura o segundo, respira fundo...bora pra Bora Bora? Embola, enrosca, tasca, bica, chuta o tempo! Mata não, tempo bom é tempo vivo!

Alagados

Alaga casa, alarga tempo. A lagarta borboleta fica? Minuto em hora se transforma a cada segundo. Metamorfose? Enxurrada vira rio? Rio vira rio...lama! Ninguém me chama pra tomar banho de chuva!

Nada, nada, nada, nada! tampa de bueiro não bóia, bijuteria não é jóia, cobra grande é jibóia! Lixo, lixo, lixo, lixo as unhas pra passar o tempo. Tanto lixo bóia lá fora, tanto plástico! Mendigo bóia? Mendigo jóia? Fica só jiboiando o tempo!

Chove muito lá fora! Racha hora, chora, inunda, troveja, seja! Ninguém me beija? Afago? Afogo?
Chove muito lá fora!No que você está pensando agora?

Chulé!

Me exponho ao ridículo com uma certa frequência. Não tenho fragâncias, tenho deselegâncias e chulé. Tenho tênis molhado também. Quero voltar pra casa! Pinga, pinga, pinga...não tenho uísque! Chove...

Dou uma de poeta em dia de chuva! Faço rimas pobres, tenho primas ricas. Não tenho musa, tenho blusa molhada. Quem me seca? Brisa? Quem me pisa? Terra? Não tenho orçamentos a fazer, não tenho uísque, a música acabou. Canto no meu canto? Quem me escuta? Chuva?

Chama que aquece: flama! Chuva, pingos na janela, escorre, socorre, molha, encharca. Não toco viola, não tenho bicho de pé, não sei forrozear. Sei respirar, caçar estrela perdida na luz das cidades, sei sair de banda! Sei ficar manso, canso, danço escondido, sento, abro porta de geladeira, frito ovo na cuca! Brinco não uso, nem carrego tatuagem. Brinco?

Pão com ovo

Necessidade minha de aparecer ou desaparecer? Amo o simples...mortadela,pão com ovo, média e pão na chapa! Compartilhar as notícias nas bancas de jornal, afinal, comentar não faz mal. Faz? Amanhecer e pôr do sol. Amo o sol, muita luz ofusca. Fusca. Cega faca já não corta, vento batendo janela, vento assoviando. Invento uns ventos. Faço coro!

Dessa superfície quero só a profundidade. Samambaia quando chove, chora! Dizem que as lagartixas também, escondidas nas rachaduras do tempo. Dizem que elas coxixam...

Ir pra casa...

Posso ir pra casa agora? Parou a chuva? Vou assoviando. Gosto de cana, de poesia.Gosto de moças dançando funk, dançando forró, gosto de moças dançando. Gosto de moças...dançando. Dançando gosto de moças. Simplesmente gosto...

Gostaria de tocar gaita, de saber plantar, velejar e dar nó? Dar nó?! Também gosto de desatar nó de gravata. Não gosto de terno, não me caem bem. Gosto do gosto de jabuticaba, da cor, delas agarradinhas no pé! Gosto de trepar ... na jabuticabeira, ficar de barriga cheia e cair de bobeira! Tá na época da jabuticaba?

A bunda

Abunda fome. Abunda comida. Traga-me um copo dágua, chove! Abundam estradas, faltam caminhos. Sobram trilhos, faltam trens. O que tens? Língua? Falta palavra....

Abundam fotos de bunda e de bundões! Abundam frangos assados nos finais de semana, abundam carros...abunda solidão. Abundam solitários. Há bunda, bundão?

A bunda

Abunda fome. Abunda comida. Traga-me um copo dágua, chove! Abundam estradas, faltam caminhos. Sobram trilhos, faltam trens. O que tens? Língua? Falta palavra....

SEXO ALISE (Kailani e Marcelo Valle)

SEXO ALISE (Kailani e Marcelo Valle)
Para de sacanagem,
tira a roupa
e me fite...
Tira o enfeite,
Deite,
Abra as pernas,
Desperta!
Cheiro macio...cio...cio!

Atos

Atos (Flávia Gomes/Marcelo Valle) - da série -poesias comlementares:

Nas tuas entranhas, me ganhas.
Me geme.
No desejo indecente,
Entre lencóis, entre linhas , entre nós...
Desata-me!

SACANAGEM

Sacanagem (Kailani)- Da série poesias complementares
Eu não sei falar de sacanagem
Talvez saiba fazer
Porém, há coisas que não precisam ser ditas.
Os corpos tremem,dizem.
Eu não sei falar de sacanagem,
Mas talvez meu corpo saiba.
E numa noite quem sabe,saibas!

Frida

Da série - poesias complementares

México:
Tenho Khalo nos pés!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dividido



Divido com você nada mais que rachaduras, que copos vazios, que vagas lembranças...divido com você nada mais que contas, que alianças, arames farpados...não mais poesias, nem rochas, nem pássaros...não divido sonhos, nem dúvidas. Não invado poemas, nem camas, não olho no olho...Não mato baratas, nem esperanças. Não espero, não quero. Lágrimas e lástimas, só as minhas. Caminhas?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Esqueça


quero que me queiras e me esqueça, feito roupa velha no fundo do armário.
me descubras e me vista!
nada te cai tão bem...
Todos os cheiros que não me lembro. terra molhada, chuva, maresia, cheiro de ralo, perfume barato, ônibus cheio, chocolate. Cheiro de noite, toalha molhada, torrada no forno.

Não sei...


Ás vezes quero...não sei. abraço, ,cheiro, céu e beijo. as vezes quero chão, mão na mão, carinho. Nem sempre quero vitória, sempre quero história, nem sempre a minha. talvez a nossa...
não quero verdades, nem fantasias...quero uma mentira nossa, quero torta, porta aberta e pão. Quero um café , sozinho e quente. Quero palavras breves e sussurros. quero...