segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Cachaça Dá Samba


Se apresente...quem é você , Pedro Paulo Malta?

Bem, sou jornalista, mas não estou jornalista, sou cantor e estou cantor...é isso...

Você se considera um bebedor de cachaça? Cachaceiro ou pinguço?

Como eu quero me tornar um freqüentador da Casa da Cachaça, me considero um cachaceiro, não pinguço, he...he...
Cara, eu não conheço esse tanto, não sou assim um profuuuuundo conhecedor, mas sou um apreciador. Gosto demais, demais mesmo, se pudesse teria uma parede daquelas na minha casa, mas nada que o tempo não possa ajudar também.

De onde surgiu a idéia do CD? Qual o nome do CD? Quando foi lançado e como vocês montaram esse repertório?

O CD se chama “Cachaça dá Samba”, ele surgiu de um convite que a cachaçaria Mangue Seco fez ao Henrique Cazes, cavaquinista , arranjador e produtor musical. Ele recebeu esse convite pra desenvolver um projeto que movimentasse a casa, ali na Rua do Lavradio. Ele resolveu juntar esse repertório que falasse sobre pinga e, enfim, foi fazendo essa pesquisa, juntando o material. Na verdade, apesar do nome do show ser “Cachaça dá Samba”, não é só de samba. O projeto nasceu como um show, nós ficamos três semanas no Mangue Seco, e depois, como aconteceu com outros projetos da Lapa_ tem até um outro projeto que eu participei chamado “Lembranças Cariocas _ que foi um projeto pra ser um show e que se transformou em disco.

E o repertório?

A pesquisa foi feita basicamente pelo Henrique, mas o Luís Felipe de Lima e o Alfredo Del Penho também participaram, não sei direito com o quê. Eu sei que o Alfredo trouxe um samba do repertório do Jackson do Pandeiro, chamado “Quem não sabe beber”. E Luís Felipe eu não sei exatamente...

Como é que era beber cachaça e ensaiar, como eram os bastidores?

Isso era maravilhoso porque o show do Mangue Seco era feito em dois sets, e o quente do show era que no intervalo sempre tinha degustação. A casa oferecia pinga. Cada dia uma pinga diferente, uma cachaça diferente. Um projeto capitaneado por um entusiasta da Cachaça presidente da Academia Brasileira da Cachaça, que é o Paulo Magolas.
E o Paulo no intervalo falava um pouco sobre a cachaça, versava um bocadinho sobre a cachaça, né. Ele, o Magolas, é um apaixonado por cachaça. Então ele abria os trabalhos, “quem quiser se dirigir à mesa, hoje a degustação é com a cachaça tal”. E o pessoal sentava lá e...nós inclusive e...enfim...claro...he...he...BEBIA. È interessante porque cachaça é um tema tem uma simpatia muito grande por todo mundo. Acho que é como o samba, quem não conhece muito tem interesse em conhecer. E pessoas que iam ver o show por causa da música e acabavam ouvindo coisas bacanas que ele dizia, como por exemplo, “Sagatiba é veneno. Não bebam Sagatiba, não bebam Sagatiba! 51, cuidado! Bebam cachaça boa, procurem cachaça boa,nós temos muita,cachaça de alambique... Sagatiba é um palavrão que ta tendo um projeto grande de marketing e dinheiro envolvido como se fosse a quintessência, cachaça chique é uma MERDA.” Quando ele falava isso, ele suava, as veias saltavam, dava pra ver que ele tava falando aquilo de um jeito apaixonado.

Tem algum caso engraçado de neguinho interferindo durante o show?
Nós né cara, nós...a gente ia bebendo, bebendo e bebendo...

Fim de entrevista!
Bebemos Triunfo, da Paraíba.
Pois é, o Pepê enrolou...enrolou mas não falou...bebeu umas três doses de pinga e ficou por isso mesmo.

Procurem o CD, vocês vão degustar!

Nenhum comentário: